Stephen
King é
considerado por
uma boa parcela dos
especialistas
como um dos maiores escritores de suspense e terror de
todos os tempos. A
sua produção literária é imensa, já escreveu mais de quarenta
romances e cerca de duzentos contos. Ele
recebeu a medalha da National Book Foundation pela sua distinta
contribuição à literatura norte-americana. A sua
prosa
possui
uma linguagem informal, com poucos floreios, acompanhando a forma de
expressão da maioria das pessoas. E isso não diminui em nada a
qualidade do
seu trabalho literário.
King
consegue envolver o leitor com as suas histórias, que são repletas
de cenas e personagens marcantes, muitas
delas já foram adaptadas para o cinema e a televisão. O
leitor que é apaixonado pelos
gêneros
que ele desenvolve,
certamente,
tem na sua
memória
lembranças assustadoras e surpreendentes de histórias concebidas
por King. E,
nesse sentido, o gênio criativo desse
autor norte-americano
parece
não ter limites de espaço e tempo. Há
algum tempo, a Rede Globo apresentou a ótima
série
de televisão “Under the Dome - Prisão Invisível”, que foi
baseada em um robusto romance de King. A
referida
obra
foi adaptada e dirigida pelo célebre diretor Steven Spilberg, que é
o mesmo diretor dos
sucessos de público
“Indiana Jones” e “Jurassic Park”.
Acerca
da obra “Ao Cair da Noite”,
pode-se afirmar que é um bom livro, contudo, não chega a ser
excepcional. Ele
é composto
por catorze contos repletos de suspense e terror. O livro é
volumoso,
tem
quase 400 páginas, e precisa de um
bom fôlego
do leitor para ser lido. As
histórias são diversificadas, algumas tem mais qualidade, outras
nem tanto assim. Dentre
elas, podemos destacar “Willa,” que
é a
história de um grupo de pessoas que vivem em um ponto de parada de
trem e que não sabem que já estão mortos. O
conto “A Bicicleta Ergométrica” também é muito interessante.
Ele conta a história de um artista que pinta um painel
com uma estrada
que se torna real e que contém personagens reais e perigosos. E
outro conto memorável é o que King batizou de “O Gato dos
Infernos”. Nele um homem idoso e milionário convida um matador de
aluguel para acabar com a vida um gato muito estranho e perigoso. O
livro, como houvera destacado anteriormente, é interessante, mas
fica muito abaixo de ser uma obra-prima. Parece
que King o fez nas horas vagas, entre um romance e outro e, portanto,
não deu uma atenção mais aprofundada ao mesmo, deixando-o em
segundo plano. Percebe-se
o estilo do autor, observa-se claramente a marca de King, mas nada
mais do que isso. Não chega nem perto de obras como “Carrie, A
Estranha”, ou “Sonâmbulos”
ou mesmo da trama envolvente e genial de “A Espera de um Milagre”.
No
entanto, ainda
assim, aconselho a leitura do
livro para
quem é apreciador dos gêneros suspense e terror, a fim de que
possam tirar as suas próprias conclusões. Afinal,
Stephen King é Stephen King.